43

É 7 de Setembro de 2022, dia em que faço aniversário e aproveito para lançar um olhar sobre meus 43 anos.

Não me considero espiritualizado ou crente em qualquer coisa mística. Não desmereço, mas não me preocupo ou levo a sério signos, sinais religiosos ou numerologia. Gosto do número 7, e de números primos em geral. O 43 é um número primo, a soma de seus algarismos é 7. O que isso significa? Pra mim isso não significa nada, mas eu poderia dizer que isso simboliza que será um grande ano e outras coisas mais. Por outro lado, ano de número 42 que acaba de se encerrar, foi também um ano marcante e com grandes respostas. Já disse o “Pensador Profundo” que 42 é a resposta definitiva para a vida, o universo e tudo mais. Isso me faz levantar a hipótese de que a pergunta definitiva está 43, talvez.

Costumo ignorar possíveis suposições de predestinação, e confesso que sou praticamente cético com relação a quaisquer influências metafísicas sobre comportamento desgarrado que se baseiem no fato de ter nascido no Dia da Independência. Acredito no ‘faça você mesmo’, muito por influência do ambiente que cresci, mas também por ter tantas coisas que eu quis e continuo querendo viver. Tenho muitos sonhos, desejos e objetivos. Eu quero muitas coisas, de diferentes tamanhos, e cabe a mim ir atrás delas, de procurar os caminhos, de pavimentar as estradas e criar condições para que se realizem. Já disse Nico Nicolaiewsky em Ser Feliz é Complicado:

“Eu não sei o que fazer

vou fazendo mesmo assim

eu não vou ficar esperando

alguém fazer por mim.”

Sou Franco de nome e comportamento. Estaria aí mais uma daquelas possibilidades de que sou o que sou não por escolha, mas por conjunção de elementos exóticos que definiriam minha personalidade. Tento ser sempre honesto com as minhas regras, esperanças e desejos. Busco ser fiel ao que acredito, na dor e na alegria. Sou devoto das perguntas e das respostas, e não há resposta melhor que a mais sincera, por mais azeda que seja. E citando novamente uma outra canção, A Vida é Complicada, do mesmo Nicolaiewsky:

“As vezes a verdade dói demais

As vezes a mentira faz feliz

As vezes sou cruel

As vezes sou bobão

As vezes sim

As vezes não

A vida é confusão

A vida vai seguir

Os homens vão sonhar

Os deuses vão sorrir”.

Há quem diga que sou inconsistente, que mudo de rota e não me firmo em nada. Tais argumentos a meu respeito já me incomodaram no passado, hoje eu não ligo. Flutuo entre a paciência e a euforia, mas é por querer viver plenamente de tudo, inclusive os fracassos. Reconhecer e aceitar os fracassos exigem de mim muito mais sinceridade e competência mental. Qualquer tipo de sucesso é muito mais prazeroso depois de se conhecer os fracassos. Quero a intensidade e a realidade das coisas. Sofro, como qualquer um sofre, tenho meus traumas, medos e inconsistências. Tenho minhas conquistas, histórias e marcas. Por fim, iniciando mais um ano de vida, trago pela terceira vez mais uma canção de Nico Nicolaiewsky, que disse assim em Só Cai Quem Voa:

“Se você tiver paciência e persistência você vai encontrar

uma estrela nua brilhando no céu

Essa estrela é sua, essa estrela espera é só você buscar

dançando e cantando prá subir

Se você fizer um cursinho de piloto você vai voar

voar pelo céu até cair

Pois só cai quem voa, só quem tira os pés do chão

Pois só cai quem voa, só quem tira os pés do chão

Só quem deixa a vida carregar a gente

Prá onde quer que seja

só quem voa … só quem voa.”